- MATRIMÔNIO -
Publicado em 04/10/2023
O catecismo da igreja católica nos diz: “A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão da vida toda, é ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole, e foi elevada, entre os batizados, à dignidade de sacramento por Cristo Senhor.”(1) Cristo elevou o casamento para ser um sacramento. O que faz o casamento é o consentimento dos dois… Dois batizados, que são cristãos não podem ter entre eles um casamento que não seja um sacramento, pois foi elevado ao nível sobrenatural e a partir daqui Deus está no meio deles. E a partir daí, não é um cônjuge que ama o outro, mas o cônjuge que ama Deus no outro e Deus que ama um cônjuge no outro. Esse amor se torna divino. Quando nos casamos na igreja estamos amando Cristo. Deus assume o amor humano e o eleva a sobrenatural. Quanto mais se amam, mas amam a Deus e crescem espiritualmente. Por isso brigas e discussões não são bem vindas…
Eu vou brigar com Deus? Não! Eu vou comungá-lo. O que temos feito com o nosso Cristo?
O sacramento do matrimônio é sobrenatural e não esse amor de novela que acaba, e que é cheio de pecado. Ao nos casarmos recebemos esse amor sobrenatural que se alimenta dos sacramentos e pela graça de Deus. Quando amamos Cristo no outro nós deixamos de olhar os defeitos e decidimos olhar para o Cristo que está no outro. Quando entendemos que o matrimônio é um chamado de Deus, e nesse chamado está escondido o querer Dele pra nós, vamos em busca de um amor livre, total, fiel, fecundo e tomado do sobrenatural de Deus. Responder com afinco a esse amor nos coloca no caminho em busca da eternidade, e nesse caminho não chegamos sozinhos, mas juntos, marido e mulher… Quando buscamos encontrar Cristo no outro o amor matrimonial atinge seu pleno significado, que envolve o sofrer pelo outro e buscar a felicidade do cônjuge acima da própria. Em um mundo tão egoísta só conseguimos viver esse amor sustentados pela graça de Deus. Quando o amor conjugal é visto como meio para um amor mais profundo ele não encontra a exaustão.
Arte: Maria Castro, Voluntária da Comunidade Cenáculo
Sozinhos não conseguimos dar o infinito que amor exige, mas podemos indicar o caminho para isso. Então, a criatura dá o que não tem pois indica o amor de Cristo que está no meio deles, para unir mais do que nunca o casal, tanto na alma como no corpo. Fulton J. Sheen, ‘em seu livro “ Três para casar” diz que: “O erro fundamental da humanidade tem sido o de supor que é preciso só dois para o amor: você e eu ou a sociedade e eu ou a humanidade e eu. Na verdade, são precisos três: eu, outros e Deus; você, eu e Deus.” E diz ainda em mais um trecho desse livro: “Todos creem na eternidade do amor, e o amor eterno se encontra só em Deus. Só enquanto as fagulhas do amor terreno foram roubadas do grande coração e fogo de Deus o amor terreno permanece duradouro. Aqueles que têm essa fé são de quando em quando arremessados ao êxtase do amor e elevados a uma dimensão mais alta de arrebatadora afeição, mas, conhecendo sua Fonte e Origem, sussurram consigo mesmos, em doce antecipação do céu: "Se é tão grande a fagulha, ah, qual não será a chama!"( Fulton J. Sheen)”
Que possamos buscar esse encontro diário com Cristo naquele que Deus nos deu para partilhar a vida conjugal, que peçamos a graça de comunicar o verdadeiro amor que vem de Deus , e que está no meio de nós e assim como disse João Batista : “ é necessário que Ele cresça e que eu diminua “(Jo 3,30), assim peçamos nós…
Cresça em nós Senhor , cresça em nós …
Bibliografia:
-Livros ‘Três para casar ( Fulton J. Sheen)
-Bíblia Sagrada
-Catecismo da Igreja Católica
Por: Maria Eulália Faleiros,
Consagrada da Comunidade Cenáculo.
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