“Uma multidão de almas sedentas de Jesus cai sobre mim” São Padre Pio
Publicado em 22/09/2023
O sacramento da penitência é a volta a Deus. Quase todos os dias, caímos e levantamo-nos. Pequenas quedas e grandes tombos. Ninguém quer ficar no chão. Pisamos em falso, porque não enxergamos bem os passos e o caminho de Jesus. Erramos de caminho. Atrapalhamos a caminhada uns dos outros. Mas o Nosso Bom Deus sempre nos dá a mão, a fim de que nos deixemos conduzir no caminho d’Ele, que é o caminho da irmandade. Aqueles que se aproximam do sacramento da penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e, ao mesmo tempo, são reconciliados com a Igreja que feriram, pecando contra ela; e esta colaborará para a conversão desses com caridade, exemplo e oração. O sacramento da confissão foi instituído pelo próprio Jesus Cristo, com o qual o sacerdote perdoa os pecados cometidos depois do batismo.
Este belissimo sacramento que nos leva para mais perto de Deus e de sua graça é realizado através de um sacerdote que nos leva a adentrarmos dentro de nós e de nossas misérias e nos abrirmos a misericórdia do Pai. Um grande sacerdote que através da intimidade com Nosso Senhor Jesus Cristo levava as pessoas a viver a graça de Deus através da confissão foi São Padre Pio.
Padre Pio viveu toda sua vida no convento de San Giovanni Rotondo. Como tinha grande compaixão pelos que sofrem, logo percebeu que sua missão como sacerdote era a de acolher em si o sofrimento do outro. Em pouco tempo essa confirmação chegou, pois, recebeu em seu corpo os estigmas de Cristo. O que durou 50 anos. Deus queria aliviar o sofrimento de seu povo através do seu servo Padre Pio. Ele se entregou totalmente ao Ministério da confissão. Chegava a ficar 14 horas dentro de um confessionário e, dessa forma, segundo ele, ajudava o seu povo a se libertar de seus males.
O Padre Pio levava muito a sério sua missão de perdoar os pecados. Tão a sério que muitas vezes tinha de recusar a absolvição a algumas pessoas que não se mostravam devidamente dispostas ou arrependidas de seus pecados. Os pecados mortais não têm esse nome à toa: um só deles, cometido com plena consciência e deliberação, é o suficiente para “matar” a graça, sepultar a vida sobrenatural em nós. Por isso, não é possível receber a absolvição validamente, no sacramento da Confissão, quem não tem o firme propósito de abandonar todos os pecados mortais, de uma só vez e para sempre. É por isso que um pai de família italiano, certa vez, foi chamado de “mentiroso” pelo Padre Pio e saiu da igreja “com o rabo entre as pernas".
O exame de consciência, ainda que não seja da essência do sacramento da Confissão, é não obstante um meio utilíssimo, às vezes necessário, para que o fiel se confesse direito. Vasculhar a memória, pôr-se contra a luz dos Mandamentos de Deus e da Igreja, reconhecer como e por que se ofendeu a Deus é, quase sempre, um pré-requisito importantíssimo para chegar bem disposto ao confessionário, sobretudo para quem não se confessa há muitos anos. Uma das principais causas de invalidade do sacramento da Penitência, depois da falta de arrependimento e propósito, é a falta de integridade. Muita gente vai ao confessionário querendo falar de problemas, e não se acusar de suas faltas, ou, quando se acusa, o faz em termos tão vagos que é impossível saber do que exatamente o fiel é culpado.
A Igreja nos péde que nos confessamos ao menos uma vez ao ano, mas devemos buscar sempre a presença de Deus para estarmos na graça do Pai. Afinal, a Confissão é um belo sacramento da misericórdia de Deus e não deve ser encarada como uma “obrigação”, mas como uma “oportunidade” para receber o amor de Deus. Isso nos dá a capacidade de reparar nosso relacionamento com Deus e com a Igreja, abrindo-nos para uma chuva da graça de Deus. Devemos confessar porque amamos a Deus, não porque “precisamos”, embora os requisitos existam para nos conduzir pelo caminho da vida eterna. Que através de São Padre Pio possamos cada vez mais buscar a graça de Deus através do sacramento da penitência e junto com Ele alcançarmos o reino dos céus que é oque buscamos todos os dias em nossas vidas.
Por: Jean Carlo,
Consagrado da Comunidade Cenáculo.