O Catecismo da Igreja Católica declara: "A Virgem Maria é reconhecida e honrada como sendo verdadeiramente a Mãe de Deus, mãe dos membros de Cristo, Maria mãe de Cristo. Mãe da Igreja” (CIC. 963). Junto a Cruz, que a Mãe de Jesus torna-se mãe de todos os homens, mãe do Corpo místico de Cristo: Igreja Católica. Unir-se as dores de Maria, é também unir-se as dores de Nosso Senhor Jesus Cristo, pois onde está a Mãe, também está o Filho. Na 5º semana da Quaresma, ressaltamos a Semana das Dores. São sete as dores de Nossa Senhora, e em cada dia da semana podemos contemplar uma dor. Desta maneira, a Igreja recorda as dores e sofrimentos de Maria ao ver seu Filho sendo crucificado e morto. Em dois momentos do ano, a Igreja recorda as dores da Santíssima Virgem. O primeiro é o da Semana das Dores e o outro é 15 de setembro (Nossa Senhora das Dores). A primeira comemoração teve seu início em algumas partes da Europa no século XIV e em 1727, quando a festa se estendeu para toda Igreja. Na idade média, havia uma devoção popular pelas cinco alegrias da Virgem Maria, e na mesma época a festa foi enriquecida também pelas cinco dores durante a Paixão de Cristo. Posteriormente, as penas da Virgem Maria foram aumentadas para sete e não somente compreenderam sua marcha até o Calvário, mas sua vida inteira. As sete dores de Nossa Senhora que suscitaram maior devoção são: 1º a Profecia de Simeão, 2º A fuga para Egito, 3º Os três dias que Jesus ficou perdido no templo, 4º O encontro com Jesus levando a Cruz, 5º Sua Morte no Calvário, 6º a Descida da Cruz, 7º O sepultamento de Jesus. É comum também rezar o terço das 7 dores de Nossa Senhora no dia 15 de setembro, dia da festa da Virgem das Dores. Esse terço também pode ser rezado em qualquer época, e ser dedicado a oração ao sofrimento de alguém, de nós, ou do mundo. O Rosário das sete dores nasce no século XIV, quando a Virgem Mãe aparece para Santa Brígida da Suécia, e revela essa devoção.
Foto: arquivo interno da Com. Cenáculo
Rezemos esse terço para aprender a sofrer com amor como fez Maria, a Mãe de Jesus. E que, ao contemplar as sete dores, Ela nos leve a compreender os nossos sofrimentos, nossos pecados e as nossas dores e a viver uma vida de alegria no Senhor, para que possamos servir os outros. As dores de Nossa Senhora meditadas na Bíblia estão em:
Primeira dor: vemos a profecia de Simeão uma espada que transpassou o coração de Maria, nessa dor ela nos ensina a virtude da obediência. Mesmo prevendo dores e sofrimentos em procurar fazer a vontade de Deus, continuamos firmes e confiantes no Senhor. Segunda dor: o anjo do Senhor, aparece em sonho para São José e disse: levanta toma o menino e sua mãe e foge para o Egito: peçamos forças e Graças para suportarmos com paciência as perseguições do mundo estejamos unidas a tantos que sofrem perseguição e são obrigadas a fugir de suas pátrias. Terceira dor: a perda do menino Jesus: Maria sofria longe do seu filho e sua humildade, fazia lhe crer que o menino tinha se perdido por causa de sua negligência. Aqui nós unimos a tantas situações de famílias que perdem seus filhos em tantas situações. Somente no retorno do senhor representado pelo templo é que serão encontrados. Quarta dor: o doloroso encontro no caminho do calvário: nesse encontro da paixão acontece uma troca de olhar com seu filho, a constatação das crueldades que Ele sofria: nós, nos unimos as dores de tantas mães que sofrem com as dores das cruzes que seus filhos carregam. Aprendamos a sofrerem silêncio como Jesus e Maria. Quinta dor: aos pés da Cruz: na cruz, Maria acompanhou de perto a morte de Jesus, ela sem duvidar aceitou vontade de Deus em um doloroso silêncio. Quantas situações de morte em nossa sociedade! Injustiças, maldades e quantas dores nos fazem sofrer. Unidos a Maria que estejamos de pé diante da cruz. Sexta dor: uma lança atravessa o coração de Jesus: José de Arimatéia e Nicodemos e dois de seus discípulos, descem o senhor da Cruz e o põe nos braços de sua mãe aflita. Nas imagens de Nossa Senhora da Piedade, nos mostra o amor de mãe ao ver seu Filho sem vida nos braços e com a mesma coragem e fé de Maria vivamos esses momentos difíceis. Sétima dor: Jesus é sepultado: depois de tê-lo acomodado com suas próprias mãos, deu o último adeus a seu Filho no sepulcro e volta para casa com tantas perguntas que toda mãe faz, ao mesmo tempo mergulha no mistério de Deus. Procuramos encontrá-lo na pessoa dos irmãos, em especial nos mais pobres que nos fazem descobrir que ele vive e está no meio de nós, como Maria exemplo fiel de discípula. É aquela que vive a dor na esperança da ressurreição.
Por: Ana Maria Zago,
Consagrada da Comunidade Cenáculo.
Bibliografia:
-Bíblia Ave Maria
-Universidade Católica Dom Bosco
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