A quaresma é um tempo especial de renovação, de deixar para trás o homem antigo e viver um novo. Tempo de penitência, oração e proximidade para com Deus. Com início na quarta-feira de cinzas e término no sábado de aleluia, antecedendo o domingo de Páscoa, são 40 dias de reflexão e imersão na misericórdia divina, lembrando-nos das nossas responsabilidades enquanto católicos, imagem semelhança do Senhor, nos dedicando a viver com mais afinco o caminho cristão, uma vez que, por meio do pecado, vamos tomando rumos diferentes aos que Deus quer para nós.
Com a liturgia, a igreja nos convida a percorrer com o garbo o caminho da quaresma. A celebração frequente dos sacramentos, a meditação assídua da Palavra de Deus e das obras penitenciais, sem que falte essa alegria— Laetare Jerusalém! — Que o quarto Domingo destaca especialmente.
Através da liturgia nesse tempo quaresmal relemos e revivemos todos os grandes acontecimentos da história da salvação. A oração é fundamental nesse tempo quaresmal, pois através dela entramos em comunhão com Deus, aumentando nossa intimidade com nosso Senhor através da intensificação desses momentos oracionais. O tempo e os dias de penitência ao longo do ano litúrgico do tempo da quaresma, cada sexta-feira em memória da morte do Senhor são momentos fortes da prática penitencial da igreja.
No parágrafo 1438 do Catecismo da Igreja Católica diz que: “Esses tempos são particularmente apropriados aos exercícios espirituais, as liturgias penitenciais, as peregrinações em sinal de penitências, as privações voluntárias como jejum e a esmola, a partilha fraterna (obras de caridade e missionárias.) ”
O jejum e a penitência também são práticas importantes neste tempo. O jejum por sua vez, deve ser feito conforme suas condições para que o corpo seja sujeito ao Espírito. E jejum, não é só de alimento, é possível estabelecer jejum de fofoca, palavras, e atitudes que vão contra os ensinamentos que Jesus nos deixou. No parágrafo 1434 do Catecismo diz que o jejum, a oração e a esmola, exprimem a conversão em relação a si mesmo, a Deus, e aos outros. A quaresma vai muito além de promessas feitas para esse tempo, devemos ter um Propósito de mudança que não terminará nos 40 dias, mas pelo contrário se estenderá por toda nossa vida.
São Josemaria Escrivá, no livro “É Cristo que passa”, n.65, nos diz que “A quaresma deve ser vivida com espírito de filiação que Cristo nos comunicou e que palpita em nossa alma. O Senhor chama-nos para que nos aproximamos dEle e desejemos ser como Ele. E continua no n.66: “A tarefa não é fácil. Mas contamos com um ponto de referência claro, com uma realidade de que não devemos nem podemos prescindir: somos amados por Deus e deixaremos que o Espírito Santo atue em nós e nos purifique para podermos assim abraçar o Filho de Deus na cruz, ressuscitando depois com Ele, porque a alegria da ressurreição tem a suas raízes na cruz. Maria, mãe nossa, intercede junto do teu Filho para que nos envie o Espírito Santo, e Ele desperte em nossos corações a decisão de caminharmos com passo firme e seguro, fazendo ressoar no mais íntimo da nossa alma a chamada que encheu de paz o martírio de um dos primeiros cristãos: -vem, volta para teu pai, que te espera. ”
E aí, vamos viver esse tempo quaresmal de corpo e alma?
Faça jejum, reflita com um exame de consciência, se fortaleça nas orações diárias, busque o perdão pelos pecados que te afastam do Reino de Deus, busque de fato o que Jesus quer de nós, cristãos, assim estaremos preparados para viver a alegria da Ressurreição.
Ele nos espera!
Por: Maria Eulália Cosmo,
Consagrada da Comunidade Cenáculo.
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